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"isso é escrever. tira sangue com as unhas. e não importa a forma, não importa a "função social", nem nada, não importa que, a princípio, seja apenas uma espécie de auto-exorcismo. mas tem que sangrar a-bun-dan-te-men-te. você não está com medo dessa entrega? porque dói, dói, dói. é de uma solidão assustadora. a única recompensa é aquilo que laing diz que é a única coisa que pode nos salvar da loucura, do suicídio, da auto-anulação: um sentimento de glória interior. essa expressão é fundamental na minha vida."
(caio fernando abreu)

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

sola

acreditava no poder no eterno até sentir a tua luz ofuscar o meu olhar. eu até conseguia imaginar a eternidade nos enlaçando até sentir seu cheiro me invadir, levando em suas notas a minha sanidade. acreditava no "pra sempre" até perceber que o simples fato de me fazer perder a visão e o chão por uma única vez, valeu por uma vida inteira de promessas e amanhãs.

por isso, acredito no hoje. no hoje e mais uns segundos de beijos. e só.
só o hoje contigo me basta e me sacia.
só.

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