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"isso é escrever. tira sangue com as unhas. e não importa a forma, não importa a "função social", nem nada, não importa que, a princípio, seja apenas uma espécie de auto-exorcismo. mas tem que sangrar a-bun-dan-te-men-te. você não está com medo dessa entrega? porque dói, dói, dói. é de uma solidão assustadora. a única recompensa é aquilo que laing diz que é a única coisa que pode nos salvar da loucura, do suicídio, da auto-anulação: um sentimento de glória interior. essa expressão é fundamental na minha vida."
(caio fernando abreu)

segunda-feira, 26 de abril de 2010

anseio de adelaide


que sorriso é este, adelaide? que sorriso é este que brota dos olhos teus?
que música repetitiva é essa, que não sai do teu cantar?

são teus! são teus pois estou condenada a isto
e o pior de tudo, é que desejo esta condenação como ao ar!
desejo preservar e adornar a página do teu aniversário, segurar em tuas mãos, saber sua cor preferida, o sabor do teu dentifrício, teus sonhos, loucuras, medos... 
desejo ter-te para mim, meu bem (meu mal)
desejo muito mais do que tens me dedicado...

depois desta declaração,
a única coisa que sei foi que
o tempo fechou para adelaide...
pelo menos desde que aquela porta se fechou.


adelaide é aquela que espera.

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