uma breve introdução: fiz esta crítica para postar no blog da minha amiga Clarice Machado (http://pop-corn-filmes.blogspot.com/2010/05/ola-pipoqueiros-estou-um-pouco-enrolada.html) e, como o filme mecheu muito com meus recentes estúpidos gritos, resolvi postar aqui também!
"alice no país das maravilhas" é o retrato fiel da Inglaterra Vitoriana, época de grandes transformações e descobertas; um período de profundo realismo que se esforçava para dizer toda a verdade, mostrando as doenças morais e físicas como elas eram, porém apontando para um caminho que proporcionava bem-estar e esperança. os romance procuravam achar a verdade e mostrar como ela podia ser utilizada para elevar, espiritual e moralmente, a humanidade.
sou meio suspeita para falar, afinal, sou fã de Carroll! o livro é um dos principais percursores do modernismo, uma obra de incontestável valor! sou muito fã de Tim Burton também, e o que é mais brilhante no filme é a re(construção) de uma nova aventura em um "país das maravilhas" já conhecido anteriormente por todos nós.
ao contrário das tantas críticas negativas que tenho lido à respeito do filme, "alice no pais das maravilhas" só não é bom para quem não abriu o coração para sentir as entrelinhas do filme: personagens cheios de manias que arrancam gargalhadas do público (como a lebre de março), personagens com trejeitos loucos e doces , que encantam os expectadores (como o chapeleiro maluco), personagens com condutas duvidosas (como o gato risonho que, quando aparece, rouba a cena), a crise da adolescência vivida por todos nós (por isso, a grande ênfase em alice não saber quem ela é, ou pelo menos pensar que não é a alice certa) e por fim, as cores (fato este que achei estranhíssimo vindo de Burton).
o filme nos dá lições preciosíssimas, capazes de elevar a humanidade, e isso, Burton cumpriu religiosamente:
- ser criança (mesmo que adulto);
- acreditar em coisas impossíveis (pelo menos "6 antes do café da manhã");
- vencer gigantes (mesmo que não nos sintamos capazes);
- abraçar a nossa loucura (mesmo que a achemos "louca" demais);
- pessoas podem mudar;
- ser amado é muito melhor que ser temido;
- o que devemos fazer ninguém fará por nós;
- acreditar na paz;
- respeitar os seres vivos;
- ser corajoso é fundamental (não perca sua moiteza);
- livre árbitrio (somos responsáveis por nossas escolhas);
- acreditar/confiar no poder da transformação e, por fim;
- crescer e descobrir quem realmente somos;
- que tudo no final dá certo (o bem sempre vence o mal).
com interpretações incríveis, com esquetes memoráveis, "alice" é um verdadeiro deleite à nossa loucura e imaginação, e posso garantir que, mesmo que não goste da história, sairá do cinema, pelo menos, com muita esperança no coração.
ps1.: veja em 3D... é incrível!
ps2.: qual é a semelhança entre um corvo e uma escrivaninha?
ps3.: estive pensando em coisas que começam com a letra M, como:
maravilha! sim, uma tremenda maravilha!
ps2.: qual é a semelhança entre um corvo e uma escrivaninha?
ps3.: estive pensando em coisas que começam com a letra M, como:
maravilha! sim, uma tremenda maravilha!
ps.: eu quero tomar chá com a lebre de março e o chapeleiro maluco! ^^
ResponderExcluirpostei!
ResponderExcluirrsrsrsrsr
Não sei como faço pra te seguir, mas vou mexer aqui...rsrsrsrs
bjs