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"isso é escrever. tira sangue com as unhas. e não importa a forma, não importa a "função social", nem nada, não importa que, a princípio, seja apenas uma espécie de auto-exorcismo. mas tem que sangrar a-bun-dan-te-men-te. você não está com medo dessa entrega? porque dói, dói, dói. é de uma solidão assustadora. a única recompensa é aquilo que laing diz que é a única coisa que pode nos salvar da loucura, do suicídio, da auto-anulação: um sentimento de glória interior. essa expressão é fundamental na minha vida."
(caio fernando abreu)

quinta-feira, 13 de maio de 2010

unknown

me dá um louco frenesi quando estou escutando uma música em um player qualquer e constato que não sei quem canta e que nem mesmo sei o nome da música: "título desconhecido", "unknown" e seus derivados me irritam! me vem uma fúria que quase me leva a destruir o mundo com as bombas de sódio e potássio que entopem minha membrana plasmática.
na verdade, o que realmente me irrita é quando a música me cativa e me leva a pensar o dia inteiro somente  nela, tentando por (a+b) descobrir quem a criou, quem a cantou, quem a sentiu. sem falar na demora para se constatar o apreço. putz! só descubro que gosto quando a música está quase acabando, ou seja, não tenho nem a chance de sair correndo e me proteger do fascínio eminente que estou prestes a me submeter.
o mesmo acontece com você, ser-unknown, que me envolveu até não poder mais, me fez te ouvir até o final  e me prendeu em seus encantos. por sua causa passo dias e noites a tentar te decifrar, procurando pistas onde não existem e restos de rastros indecifráveis. diga-me ao menos seu nome, seus autores, sua composição e melodia pois já me cansei desta procura sem fim. corra, se mova; antes que mude de faixa sem ao menos saber o motivo de meus fascinios e delirios por seu conjunto.

priscilla nunes é fã da matemática e da biologia aplicada.

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